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sábado, 16 de abril de 2011

Le Sacre du Printemps depois do ostracismo.




Olá a todos!

Bem, devo pedir desculpas a quem possa ter ocupado um pouco do seu tempo vindo até este blog e percebendo a ausência de novidades.
Eu passei recentemente, e muito rapidamente, por um processo intenso de mudança e por uma grande correria na minha vida. Nesse tempo pensei algumas vezes se levaria mesmo este blog a frente.

Decidi que sim.

Já era um projeto desde o início transformá-lo em diário de viagens pro intercâmbio que farei maaaaaaas decidi que anteciparei algumas coisas.
Eu, como boa geminiana que sou estava que não cabia mais em mim mesma de sufocamento... cheguei a uma conclusão, tão óbvia permaneceu esse tempo todo obscura: não nasci para ter minhas asinhas cortadas... muito menos por mim mesma!!!! Entoces, decidi que, apartir deste post, o blog se despede da obrigação de falar sobre qualquer tema exclusivo, especifico... vou falar de tudo que me interessa: de Stravinsky à nova técnica para ajudar na transição da quimica ao cabelo natural, passando pelo escândalo de John Galliano, questões feministas e pelo aumento do IOF para compras no exterior.

Sem mais delongas, deixo-vos com uma obra que, apesar de ter sido composta em 1913, é tão absurdamento anos 20 (na minha modesta opinião de leiga em música): A sagração da primavera.

Por que?
Porque ele era O cara, diria Obama.
Porque ele era especial para Chanel, diria errr... ninguém diria kkkkkkkkkkk
Porque ele revolucionou a música do século XX, diria você, leitor.
Porque você adora pessoas revolucionárias da arte, principalmente nos anos 20, diria meu namorado.

Mas na verdade é porque Le Sacre du Printemps realmente me impressiona... todas as vezes que a ouço eu fico como que arrebatada e reverente... imagino como aquilo deve ter ferido ouvidos acostumados a Mozart, Beethoveen ou Brahms... e de repente... a percussão, um ritual pagão e homicida... o ruído (?), a revolução, o Modernismo meus amigos!!!

Voltando ao divã, quero dizer que aqui é tudo diversão.. eu estou falando sobre coisas que eu gosto, como eu gosto e quando eu quiser looooogo, se algo que eu digo te incomoda morra feche a página ou clique em próximo blog lá na barra superior. Não sou historiadora, nem musicóloga, nem nada! Eu pesquiso, siiiiiiiim mas não vou ler várias referências porque de trabalhos acadêmicos eu já tenho o suficiente, obrigada.

Mas sim, Le Sacre é um ballet em dois atos cuja coreografia foi criada por Vaslav Nijinsky e estreou em 29 de maio de 1913 no Théâtre des Champs-Élysées em Paris. Trata-se de um ritual de sacrifício pagão em homenagem ao deus da Primavera:

A Sagração da Primavera tem subtítulo “Cenários da Rússia Pagã”. O balé retrata os festivais e rituais de uma sociedade antiga que celebra a chegada da primavera. As cerimônias culminam com o sacrifício da Escolhida, uma jovem que deve dançar até a morte.
A Primeira Parte retrata a adoração da comunidade à Terra. Inclui rituais de augúrios (adivinhação) por jovens meninas, uma dança de rapto simulada durante a qual os homens fazem de conta que roubam as garotas, uma dança de roda, além de disputas entre os clãs rivais. Então o Sábio Ancião chega numa procissão. Ele oferece um ritual de culto à Terra. A primeira Parte culmina com a Dança da Terra (onde os primeiros esboços de Stravinsky se referem ao “esgotamento da Terra pela dança”)

A Segunda Parte concentra-se em torno do sacrifício. Começa com uma misteriosa dança de roda realizada pelas garotas. A Escolhida é glorificada por todos os presentes. Depois os anciãos são intimados a realizar um ritual. Destrambelhada, a Escolhida inicia uma dança selvagem e orgíaca. Quando sua força se acaba, ela é reanimada por uma força inominável. Por fim, completamente exausta, a Escolhida cai morta ao chão. Fonte
 Eu me lembro que a primeira vez que escutei essa obra foi no extinto Quem tem medo da música clássica? da Tv Senado, do falecido Arthur da Távola. Fiquei impressionadíssima e apaixonada desde então... é uma obra fantástica, muito bonita e que vale a pena que vc ouça initerruptamente e prestando a devida atenção.
Para isso, deixarei um vídeo do filme Coco Chanel e Igor Stravinsky, primeira cena, quando Mme. Chanel ainda vestida à moda edwardiana e de cabelos compridos, assiste a estréia da Sagração e fica impressionadíssima com a ousadia, o brilhantismo daquele homem e ainda mais realizada com o pequeno motim (hoje considerado o maior escândalo musical da história da música devido à grande pancadaria modernistas x conservadores) que sucede no teatro ainda durante a execussão do ballet. Aliás esse filme é incrível talvez fale dele mais a frente. Como o google me odeia e eu nunca acho o video que eu quero, Para assistir clique aqui.


Espero que gostem da obra e do meu retorno.
Até mais.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Quotations (citações)

Olá, senhoras e senhores!
Nada melhor do que saber a opinião das divas de uma época para entender e, por que não, adotar determinado visual ou comportamento...
Pois Mademoiselle Chanel pregava a elegância para as mulheres vestidas com seus modelos inspirados no guarda roupa masculino, numa época que o surgimento das roupas fabricadas em série passou a permitir que as mulheres mais humildes também desfrutassem das novas tendências.
Diz Mille.:
A girl should be two things: classy and fabulous! (Uma garota deve ser duas coisas: elegante e fabulosa!

Porém, não devemos esquecer que os anos 1920 também representaram o começo de um movimento pela libertação da mulher e que esse novo parâmetro se refletia principalmente nas Flapper Girls que se vestiam de forma extremamente ousada com vestidos decotados (principalmente nas costas) e que mostravam as pernas (alguns modelos mostrando até mesmo a liga das moças), dançavam freneticamente o Charleston, dirigiam, bebiam, fumavam e... faziam sexo! Um verdadeiro escândalo! rsrsrsrsrs
Um dos ícones dessa geração  piriguete rebelde, Louise Brooks definiu em poucas palavras porque ela era uma Flapper:
I like to drink and fuck. (Eu gosto de beber e foder.)
Nada de moças ingênuas e românticas... nada de beleza inatingível, candura angelical como pregavam os românticos...  nada do moralismo sufocante vitoriano... os anos 1920 são de liberdade, de mudança!!!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Ao som do gramofone... mas o que vem a ser isto?????

É, eu não me iludo caríssimos. Sei que alguns de vocês devem estar exatamente se perguntando: O que é um gramofone?
Um dos objetivos deste blog é levar até meus amigos um pouco do meu mundo, já que a maioria deles o desconhece. Além de levar aos possíveis leitores algum conhecimento dos "loucos anos 20". Nada melhor do que começar explicando o nome do blog não é mesmo?


Pois, temos segundo o Wikipedia:

O gramofone é uma invenção do alemão Emil Berliner de 1887, que servia para reproduzir som gravado utilizando um disco plano, em contraste com o cilindro do fonógrafo de Thomas Edison.
É um cilindro giratório coberto com cera (ou cobre) onde são gravadas por uma agulha, as vibrações de um som emitido e afunilado em uma corneta, interligada a uma lâmina (membrana) que sustenta a agulha. Com a emissão do som o ar movimenta-se vibrando a lâmina que faz a agulha riscar em forma de ondas a superfície do cilindro que está girando.
De forma inversa, ao girarmos o cilindro já riscado, com a agulha em contacto, esta o lerá e transmitirá as vibrações para a lâmina (membrana), cuja vibração, amplificadas pela corneta, fará emitir o som.

Para aqueles que se interessam pela parte mecânica da coisa, tem uma explicação com fotos sobre o funcionamento do gramofone aqui.

Mas por que decidir chamar meu blog de "Ao som do gramofone"? Porque o gramofone era o instrumento que levava música à vida das pessoas... e eu amo música. E também, a música diz muito sobre uma época, uma cultura, um costume de uma sociedade e microcopicamente sobre as escolhas e a personalidade de alguém.

Este blog se pretende, além de pessoal, ser uma espécie de propaganda de um passado que continua influenciando fortemente nosso presente e que foi uma época riquíssima culturalmente, com toda sua efervecência e revolução.


Portanto, sintam-se a vontade. Rapazes, vistam seus ternos e senhoritas vistam seus vestidos acinturados e seus chapéus cloche, coloquem um bom disco de jazz para tocar no gramofone e transportem-se para o século passado. Afinal, na nossa persona, podemos ser quem quisermos e sonhar o mais impossível dos sonhos. Que a imaginação os guiem!

Sejam muito bem vindos!!!!!!!!
Bárbara Prado (um projeto de flapper girl)